sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Destino ao acaso


Meu espírito esta nu
Despido de qualquer desejo
Morto, seco, sugado
De saudades de seus beijos

Sinto fome de felicidade
E me alimento de ansiedade
Fui vitima de mim mesmo
Acertando no alvo o meu maior erro

Aquela porta que se fechou
As roupas jogadas no chão
São apenas alguns detalhes
Da nossa amarga separação

Eu sei que não tem volta
Por isto me visto de derrota
Brindando com a solidão
Enquanto o destino tritura meu coração...

Saulo Prado

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Duvidas

Delírios de um coração
Que ousou acreditar na paixão
Lagrimas de um homem
Que faz do amor sua maior fome

Desejos reprimidos
Sonhos com um colo de abrigo
Saudade que machuca e fere
Um homem com sensibilidade de pele

Amor ou ilusão
Qual o veneno que matou a emoção
Final que não é feliz
É quando o que sobra é cicatriz....

Saulo Prado

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Conquistas


Em cada porto um amor
E pela vida se espalha muita dor
É assim que age o coração
Quando o vicio é a paixão

Em cada cais uma saudade
E a angustia da felicidade
É assim que se perde a razão
Quem faz do beijo pura sedução

Em todo mar uma aventura
E a mente se enche de culpa
É assim que se descobre o Don Juan
Nas almas de quem só quer morder a maçã...

Saulo Prado

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Essência

Detenho em mim um grande desejo, de nesta vida não ser só passageiro, sou a grande incógnita da paixão os versos soltos da sedução, tenho muito que procurar, pois nunca faz parte de mim, só esperar, quero o poder de todo desejo, pois só assim eu vivo sem medo. Necessito de toda sede de amor, é deste jeito que eu anestesio a dor, o meu maior inimigo é a solidão esta angustia de minha ambição, falo de flores para encantar, e minha masculinidade aprender a amar, nas rosas também a espinhos, e é assim que eu sou desde menino, um sonhador que acorda para sonhar, e um homem que teima na vida acreditar. Um dia quis ir à lua, por saber que minha alma também flutua, eu brigo com tudo que é concreto, e é por isso que me considero um cara esperto, eu não estou preso neste mundo real, onde só o poder do dinheiro é considerado vital.
Muitas vezes nesta vida fui ao chão, mas graças a Deus nunca me faltou o pão, eu acredito que só o necessário, é indispensável, neste meu curto itinerário, onde o grande segredo esta em aprender, que para ser feliz temos que saber, por mais que estejamos sempre informados, não sabemos mais que no passado, pois a lição da vida esta nos sentimentos, no simples ato de dividir o alimento, nada é mais verdadeiro que a compaixão, esta dádiva divina de ser irmão. Mas ainda tenho muito que descobrir, como por exemplo, fazer você sorrir, e vim de encontro aos meus abraços, e assim fazer valer a pena todos os meus passos, porque desde que nasci caminho em sua direção, em busca de minha alma gêmea que ira domar o meu coração...

Saulo Prado

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Ego em preto e branco

Hoje resolvi escrever para mim, revelar-me como sou, e gritar para minha alma todas as verdades deste meu mundo sem pudor, quero perde-me nas palavras sem medo, e em cada letra revelar um novo segredo, Fui criança que cresceu mimada, longe da dor das palmadas, fiz da minha vida o meu circo, e de palhaço também fui o bicho, e neste meu picadeiro de louco aprendiz, sempre uma nova telespectadora foi a atriz.
Brinquei sempre com todas as emoções, sem me preocupar com as dores dos corações, de Rei virei plebeu, e foi assim que meu sonho se perdeu, a única voz que sempre escutei foi a da minha consciência, mas ela acreditava em minha inocência. Por isso hoje me declaro culpado, por todos os meus erros do meu passado, mas sei também que sempre tive uma esperança, de encontrar alguém que me reconheça criança.
Uma mulher; para me amar e ser amada, e que eu possa chamar de eterna namorada, mas por enquanto me resta a caminhar, e por meu caminho a minha culpa arrastar, mas vou sem deixar pegadas, pois tenho medo do fica na estrada, nada que deixa rastro é feliz, por que o que fica é cicatriz. Eu sei que já me perdi há muito tempo, mas mesmo assim eu sigo este vento, que me sopra para este deserto, onde o que é tolo fica esperto.
E neste meu texto de reflexão, quero tirar alguma explicação, para toda esta minha redundância, de encarar a vida sem medos da circunstância, e se mesmo assim eu nada entender, eu não irei para de escrever, quero ser conduzido por estas palavras, mesmo elas me guiando por rotas apertadas, e quando eu conseguir chegar ao final só quero ter a certeza; que meu bem venceu o meu mal...   


Saulo Prado

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Cego de sentimentos

Rodei toda cidade em busca de solução
E notei que nela; só havia escuridão
E a cada esquina que eu cruzava com um olhar
A luz que ele tinha eu conseguia apagar

Olhei no espelho retrovisor do carro
E noite que quando eu passava, tudo ficava claro
Naquele momento senti uma grande dor
Ao descobri que era eu a cegueira do amor

Voltei para casa, ferido mortalmente no coração
Ajoelhei ao chão, e chorando fiz esta oração;
Senhor perdoe este pecador, que não se cansa de pecar
E que simplesmente implora para reaprender a amar...

Saulo Prado

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Só para constar...


Contravenção

Desisti de me procura
E me encontrar só em você
Agora vou me perde
Na rouca esperança de te esquecer

Desisti de tudo que eu acreditava
Não vou mais para a suja batalha
Agora só os moinhos de ventos
Será o meu louco passatempo

Desisti de amores impossíveis
Vou me entregar aos previsíveis
Quem saiba assim não sofra de amor
Quem já se acostumou com esta dor....

Saulo Prado
 
Fora de Rota

Você gosta da minha indiferença
E zomba de minha paciência
Já provei para você que é sexo e nada mais
Mas para você tanto fez tanto faz

Você se entrega sem medo
E é indiferente ao meu desprezo
Não sei a sensação que isso me traz
Só sei que você sempre quer mais

Você sabe muito bem o que quer
E abusa deste seu jeito mulher
Aproveita o quanto não te amo
Para viver nossa historia sem planos....

Saulo Prado
 

domingo, 10 de outubro de 2010

Cavaleiro Solitario

Eu me vesti de solidão
Fui solidário ao meu coração
E trago comigo esta dor
De quem tem fome de amor

Eu sou o barulho da carência
Um homem e sua demência
De querer amar e ser amado
E não ser mais cavaleiro solitário

Eu tenho a fé dos poetas
Faço verso com que me afeta
Sou criança em busca de abrigo
E uma grande paixão é tudo que preciso...

Saulo Prado

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Restrita

Ela foi um sonho que passou
O desejo que não desabrochou
Ela foi o beijo da esperança
O pulsar do coração de uma criança

Ela foi o mel da pura flor
O pavio que acendeu o amor
Ela foi o fim de um sorriso
Também o começo que preciso

Ela passou e não disse adeus
E eu fiquei com os sonhos seus
Ela dominou todas as intenções
E explorou o fogo das paixões....


Saulo Prado

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Ébrio

Novamente eu volto ao bar
E procuro você ao me embriagar
Novamente eu canto a solidão
Junto ao acorde desafinado de um violão

Novamente a boêmia me fascina
E aqui dentro a bebida me assassina
Novamente eu quero morrer envenenado
Pelo álcool ou pelo amor do passado

Novamente eu chego ao fim
De versos sugados de mim
Porque novamente eu vou chorar
Quando esta triste ressaca me despertar....

Saulo Prado


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