Hoje resolvi escrever para mim, revelar-me como sou, e gritar para minha alma todas as verdades deste meu mundo sem pudor, quero perde-me nas palavras sem medo, e em cada letra revelar um novo segredo, Fui criança que cresceu mimada, longe da dor das palmadas, fiz da minha vida o meu circo, e de palhaço também fui o bicho, e neste meu picadeiro de louco aprendiz, sempre uma nova telespectadora foi a atriz.
Brinquei sempre com todas as emoções, sem me preocupar com as dores dos corações, de Rei virei plebeu, e foi assim que meu sonho se perdeu, a única voz que sempre escutei foi a da minha consciência, mas ela acreditava em minha inocência. Por isso hoje me declaro culpado, por todos os meus erros do meu passado, mas sei também que sempre tive uma esperança, de encontrar alguém que me reconheça criança.
Uma mulher; para me amar e ser amada, e que eu possa chamar de eterna namorada, mas por enquanto me resta a caminhar, e por meu caminho a minha culpa arrastar, mas vou sem deixar pegadas, pois tenho medo do fica na estrada, nada que deixa rastro é feliz, por que o que fica é cicatriz. Eu sei que já me perdi há muito tempo, mas mesmo assim eu sigo este vento, que me sopra para este deserto, onde o que é tolo fica esperto.
E neste meu texto de reflexão, quero tirar alguma explicação, para toda esta minha redundância, de encarar a vida sem medos da circunstância, e se mesmo assim eu nada entender, eu não irei para de escrever, quero ser conduzido por estas palavras, mesmo elas me guiando por rotas apertadas, e quando eu conseguir chegar ao final só quero ter a certeza; que meu bem venceu o meu mal...
Saulo Prado