O poeta se alimenta de tristeza
Para enfeitar a sua vida de beleza
Ele mendiga da dor o amor
Como se um fosse o espinho, o outro a flor
E em sua fabrica de felicidade
Um dos ingredientes é a saudade
Saudade de algo que ele não viveu
O poeta busca a busca de Orfeu
Mas seu caminho não é igual
Sem os versos, ele é um mero mortal
Que se envenena com a sua vida
Sabendo que a morte é a única prometida...
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