quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Andarilho



Devagar sigo este meu caminho
Aprendendo com os espinhos
Acreditando no poder de caminhar
E lutando pelo meu direito de sonhar

Sem bússola busco o meu norte
Jogando os dados e apostando na sorte
Sou um louco devoto da paixão
Mas quem dita as regras é o meu coração

Não me perco em erros alheios
Os meus já me servem de conselheiros
As marcas que trago comigo
São placas advertindo sobre os perigos

Mas meu medo se resume na falsidade
Traça que consome a humanidade
E assim trago comigo a sede da ideologia
E a certeza que a vida nada mais é,
                    ... do que uma insólita poesia...


Saulo Prado

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Via Láctea



Novamente estou em busca de mim
Acreditando na felicidade, e triturado pela saudade
Saudade de um amor que ainda não tive
Mas que faz parte de minhas diretrizes

Vou à busca dos velhos sonhos
Saboreando os pequenos momentos
Sem me preocupar com o tempo
Caminhando ao sabor do vento

O meu caminho foi só eu que escolhi
E ele vai bem de encontro a ti
A ti que acredita nos sentimentos
E sabe que a vida é bem mais do que moinhos de ventos

Você que como eu busca, por um grande amor
E sabe que para ser feliz, não se pode ter medo da dor
Pois, ela é só uma sabia conselheira
Que nos guia em direção da nossa tão sonhada estrela...


Saulo Prado

domingo, 3 de janeiro de 2010

Canteiros


Decidi! Não vou mais ter pressa
A vida agora é tudo que me interessa
Irei cuidar do meu jardim
E a borboleta que espero, à de vim

O amor não é chuva de verão
Ele vem independente da estação
Basta estar pronto para amar
E nunca ter medo de se entregar
                         
Eu estou livre para alguém
Que me queira amar também
Sem medo, sem culpa,
E pronto para uma nova aventura

Irei esperar pelo meu amor
Que vai desabrochar como uma flor
Semeando de vez em meu coração
A mulher da qual, ira geminar a paixão...


Saulo Prado

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Anatôrio e Antonia



Depois da morte conto com a sorte
A morte é o verso que inspira a vida
E o choro nada mais é que chuva de despedida

Ela morreu! Dois meses depois que ele, ela perdeu
Sessenta e quatro anos de união
Assim os dois deram vida ao coração

Ela sem ele não existia
Por isso foi em busca de sua companhia
Deixando saudade aos que ficaram
E provando que a morte faz parte do itinerário

Ela morreu junto com o ano
E eles se reencontraram no outro plano
Assim é o que deseja os que acreditam no amor
Pois eles sabem, que a morte uniu novamente,
 à vovó e o vovô...


Saulo Prado

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